quarta-feira, 2 de maio de 2012

Track & Field Run Series Florianópolis

O domingo. O dia da corrida. Amanheceu perfeito, tão perfeito que não parecia verdade. Choveu tudo o que tinha que chover à noite. Tempo nublado, sem sol, ideal para correr em percurso plano e ir em busca do tão almejado sub 50. Com essas condições, o recorde também era algo que estava bem ao alcance. Acordei e fui pro Shopping Iguatemi, onde seria a largada. Correr com um objetivo de tempo me deixou bem mais nervoso e ansioso do que o normal.

Sabia que era possível. Os treinos me mostravam que o único obstáculo seria eu mesmo. Então, dessa vez, ia me vencer. Não havia outra saída. Segui o ritual de sempre antes das corridas e me encaminhei até o portal de largada. Não queria perder tempo. Não fiz o alongamento que um profissional puxou e quase não aqueci. Eu queria mesmo era ficar o mais perto possível do portal. O começo foi como planejado. Demorei 3 segundos pra pisar no tapete do chip.

Decidi que, nessa corrida, eu ia atrapalhar os mais rápidos, se fosse o caso, mas não seria atrapalhado pelo pessoal mais devagar. Comecei a correr utilizando meu novo método de não ser tão escravo do relógio. Só olho pro Garmin a cada km, quando ele apita. Corro o intervalo entre esses km's na sensação de esforço, tentando manter o ritmo por conta própria. Faltam alguns ajustes, mas estou me aperfeiçoando para diminuir o nível de escravidão.

Sobre a corrida: deu tudo certo. Nos treinos não tomo água pra correr 10 km. Na corrida também dispensei. Essa distânca já é confortável pra eu correr. O problema era correr mais rápido. Era. Não é mais. Sabia que estava correndo melhor, mas treino é treino. E nos treinos não vou tão no limite. Precisava de uma corrida assim pra me testar. Posso dizer que fui aprovado com louvor no teste. Foi muito melhor do que eu imaginava nos meus sonhos.

De todas as parciais, só 3 foram de 4:50 min/km pra cima. 4:50 (5º km), 4:52 (7º km) e 4:56 (9º km). Todas as outras foram na casa dos quarenta, além de fazer o 1º e o último km a 4:25. No 1º km, a empolgação da largada sempre me faz correr mais. No último, sempre tento correr forte. Se não for a parcial mais rápida, tem que ser uma das melhores. Não achei que estivesse tão inteiro no fim. Estava e nem sabia. Terminei a corrida cansado, óbvio, mas muito bem.

Escrevi, escrevi, escrevi e ainda não falei do meu tempo. Durante a prova, fui calculando em quanto estaria o tempo, de acordo com as parciais. A cada km eu ficava mais animado. Fechei a corrida em 47:19. Um tempo totalmente inimaginável. Não esperava correr desse jeito. Venci o desafio sub 50 da Contra-Relógio com muita folga e bati meu recorde pessoal com sobras (quase dois minutos a menos). Está confirmado. Esse tal de treino funciona mesmo.

2 comentários:

  1. Treinar funciona mesmo! Eu também tenho sentido isso na pele, ou melhor, nas pernas!!!
    Eu estava lá e fui prova desse glorioso feito...Parabéns!!!

    Um abração
    Guilherme

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  2. Olá, Enio.
    Show de bola!!
    Vai ter o nome na Revista Contra Relógio. Meu pai diria "faz moldura". rs
    Parabéns!!
    Helena

    ResponderExcluir

Deixe seu comentário. AVISO: Leio todos os comentários. Não respondo por preguiça.

Ler também é um exercício. Exercício lembra corrida e já escrevi demais aqui. Fui correr!

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