terça-feira, 29 de maio de 2012

Corrida e Caminhada da Indústria - SESI

Essa é uma prova que apareceu meio de repente no calendário. Só 5 km. Por que não participar, certo? Ainda mais que era perto, muito perto, de casa. Quando decidi participar dessa corrida, já tinha o objetivo em mente: correr os 5 km em 22:30, manter um pace de 4:30 min/km e fazer meu novo recorde mundial pessoal. Sei bem que 5 km é correria do começo ao fim e ainda não aprendi como correr toda a distância de uma maneira uniforme.

Outra coisa que preciso aprender é sobre meus limites atuais. Eu quero fazer o recorde, quero correr mais rápido e, embora os tempos tenham melhorado muito do começo do ano até agora, ainda não tenho condições de correr 5 km em 4:30 min/km. Talvez até tenha, mas minhas estratégias de prova não funcionaram. Completei a prova com 23:05, meu novo recorde, mas 35 segundos acima do que havia planejado.

Preciso me acalmar e não exagerar. A receita é treinar e treinar. Em algum momento o tempo vai melhorar mais um pouco. Foi assim este ano. De repente, comecei a correr as provas abaixo de 5:00 min/km. Das últimas 8 corridas, só o Volta à Ilha e a Meia Maratona de Balneário Camboriú ficaram acima desse pace. O resultado naturalmente virá. Tenho certeza, mas preciso botar em prática. Fiquei meio decepcionado com o tempo de ontem.

Tentando olhar pelo lado positivo, no começo do ano eu corria 5 km em 25:10. Atualmente, 23:05. Melhorou, mas eu quero mais. Vou redefinir meu objetivo na próxima prova de 5 km. Vou tentar correr abaixo de 23 minutos e ver o que acontece. Mudar a estratégia de prova também é uma boa ideia. Os paces da corrida de ontem praticamente me obrigam a mudar (4:11 / 4:33 / 4:48 / 4:57 / 4:36). Começo muito bem e caio absurdamente km a km.

O calor atrapalhou bastante. A largada seria às 10 horas. Largamos às 10:18, mais ou menos. Todo mundo reclamou do calor. Deveria ser crime largar tão tarde. Posso dizer que depois do 2º km, além da minha estratégia kamikaze, o calor fez efeito. Não rendeu mais nada. Sentia que não tinha forças para muita coisa. Pelo menos estou conseguindo manter o pace abaixo de 5:00, mesmo quando estou me arrastando e morrendo.

Tentei no último quilômetro retomar a velocidade do começo, mas estava difícil demais. Dei o sprint, mas me enganei com a chegada. Ela estava um pouco mais à frente. Aí desanimei e diminuí o ritmo. Quando só pensava em completar a corrida, dois corredores me passaram e meu orgulho não deixou ficar assim. Acelerei, usei as últimas forças que sempre existem (e a gente acha que não), recuperei minha posição e continuei forte até passar pelo portal.

A premiação da prova demorou demais. Muito mesmo. Se a corrida terminou em 25, 30 minutos, a premiação demorou horas. Estavam fazendo sorteios de brindes pra passar o tempo. Inclusive, fui sorteado. Ganhei um par de meias e um squeeze (pior brinde). Parece que a sorte sorriu envergonhada pra mim. Soube mais tarde que a premiação terminou depois do meio-dia. É complicado. Fora esse enorme atraso, a prova foi bem organizada e barata.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Corrida Pedra Branca

Sabe quando você está tomando banho e está embaixo do chuveiro e cai aquela água toda sobre a sua cabeça e corpo? Foi mais ou menos assim que eu me senti na largada da Corrida Pedra Branca no último domingo (20/05). O tempo estava instável, a chuva ia e voltava, meio sem critério, talvez esperando pelo momento em que mais pessoas estivessem propensas a se molhar. Aleatoriamente, caiu o maior temporal do domingo na largada.

Foi A CHUVA. Ficou até meio frio. Pular não adiantava. O barulho da buzina anunciando a largada foi música (bem ruim) para os meus ouvidos. Continuaria a me molhar, mas em movimento fica bem mais fácil encarar a chuva. Por uns 5 minutos, choveu muito. Depois, chuva esporádica, nada comparado ao que aconteceu na largada.  A chuva intermitente formou diversas poças. Inevitável não passar por elas. Meu tênis demorou dois dias pra ficar totalmente seco.

Entre as 3 distâncias disponíveis (3 km, 6 km e 12 km), corri os 12 km pra confirmar aquela suspeita de Balneário Camboriú de que já era possível correr os 12 km abaixo de 1 hora. O percurso consistia em dar 4 voltas em uma quadra (ou algo parecido). Treino quase sempre no mesmo lugar e, vez ou outra, é chato. Na corrida é bem pior. Chaaaaaaaaaaaato passar 4 vezes pelas mesmas ruas. Por serem só 3 km nem demorava tanto. Eu piscava e só piscava mesmo. Minha piscada não demora tanto assim para ser processada.

Consegui o meu objetivo e fechei a prova com pace de 4:45 min/km. O ritmo foi muito bom nos 3 primeiros km's e caiu no decorrer das voltas. Voltei a melhorar nos dois últimos km's, correndo o último a incríveis 4:00 min/km. Aquela dificuldade para respirar no fim da corrida fazia todo sentido. Fiz 3 km's acima de 5:00 min/km, mas foi quando os morros apareciam. Era uma subida só, mas fracionada em duas ou três partes. Um bom treino para as pernas.

Mais um teste feito, mais uma aprovação. Me sinto muito capaz de fazer a Meia de Floripa (17/06) em menos de 1:45:00. 12 km, com 4 subidas pela frente, em menos de 1 hora me deixou mais confiante. Recorde e desempenho à parte, a corrida teve um corredor centenário. O fato mais importante do dia. O Renato chegou a sua 100ª corrida. Tente se imaginar correndo 100 provas ao longo dos anos. Parece muito, né? E é. E ele correu. Parabéns, Renato. Continuarei correndo para também me tornar centenário.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Meia Maratona de Balneário Camboriú

A próxima corrida é sempre a melhor. A próxima corrida era a Meia Maratona de Balneário Camboriú. Sabia do percurso, com o Morro da Rainha pelo caminho. Passaria duas vezes por lá. O tempo final, com certeza, seria prejudicado. Mesmo assim, pensava que dava pra melhorar meu recorde anterior, de 1:54:02. Meus últimos treinos me deram confiança para acreditar que era possível, mesmo com duas subidas durante a corrida.

Como em toda corrida fora de Floripa e com largada cedo, lá fui eu acordar às 4 da manhã, pra sair às 5 e chegar cedo em Balneário. Largamos às 7:35, com o sol, que não foi convidado nem desejado, querendo aparecer. A largada é sempre a parte mais tumultuada. Muita gente, muitos desvios. Correr na calçada foi a melhor decisão. A Avenida Atlântica está em obras e o espaço não era dos maiores. Nada que atrapalhasse meus planos de recorde.

Meu sonho ideal de toda a vida até o momento é correr uma meia maratona em 1:45:00 ou menos. Pensei nisso pra Balneário, mas sabia que não ia acontecer. O Morro da Rainha não ia deixar. Ignorando o fato de ter o morro no caminho, tentei manter o ritmo abaixo de 5:00 min/km enquanto fosse possível e estivesse plano. Os treinos me diziam sim, mas só na corrida pude comprovar que era sim mesmo. Até o km 10 todas as parcias foram abaixo de 5:00.

No 11º km, a primeira subida. Tentei subir trotando. Fui até quando andar era mais rápido e menos cansativo. O pace caiu pra 6:09 e nada podia ser feito. Tudo que sobe tem que descer. E eu desci totalmente descoordenado, com um copo de água em uma mão e uma garrafa de isotônico na outra (pior errado pegar o isotônico). No 12º km, recuperei o pace de antes do morro. Até aquele momento estava no limite pra fechar em 1:45:00.

Em algum momento eu ia cansar. Cansei, mas ainda consegui levar o ritmo entre 5:01 e 5:08 do 13º ao 17º km. No 18º km, o pior pace da corrida no plano. Fiz 5:15, talvez já pensando na volta do morro, a segunda subida que estava chegando. Subi o morro e dessa vez nem tentei trotar. Quando começou a ficar bem inclinado, andei. Sem pressa, confesso. Corri fazendo contas e o novo recorde era certeza, só não sabia exatamente qual seria o tempo.

Calmamente, subi o morro, usei o gel e tomei a água. Já estava no km 20. Fechei o km 19 em 6:38. Ainda fiz uma parte do 20º km no morro e o pace ficou em 5:37. A descida da volta era muito inclinada. Joelhos reclamaram, mas estava no fim. O km 21 ficou em 5:08, culpa já do cansaço de toda a corrida. Não foi dos piores. Os últimos metros foram de aceleração total pensando em fazer o melhor tempo possível.

Só olhei para o relógio durante a corrida a cada 1 km, quando ele apitava. Não tinha ideia de qual seria o tempo ao completar a prova. Acelerei, corri, corri e cheguei. Parei o relógio. Olhei o tempo: 1:49:16. Novo recorde mundial pessoal. Quase 5 minutos a menos do que o anterior e com duas subidas de andar no caminho. O 1:45:00 ainda não veio, mas pelo menos garanti o sub 1:50:00. Se não fossem os morros, o tempo seria ainda melhor.

O importante foi o novo recorde. Era o objetivo. Percebi que consigo manter por vários quilômetros o pace abaixo de 5:00 min/km. A Meia de Floripa, dia 17/06, é a próxima do calendário. Praticamente toda plana, sem nenhum morro pra segurar meu desempenho. Fazer um novo recorde é a única possibilidade aceitável. Acredito que será o momento mais adequado para o sub 1:45:00 nascer. Mais um mês de treinos para o sonho virar realidade.

Deixo aqui a lista dos meus tempos em meias maratonas. Corri 7, mas 2 foram com desempenho acima do recorde da época. Em todas as outras melhorei o tempo. Se eu pudesse dar só uma dica, seria esta: usem o filtro solar. Não, não. Errei. A dica é: treinar funciona.

19/06/2011 - 2:01:15 - Meia de Floripa
31/07/2011 - 2:04:33 - 27ª Meia Maratona de Gaspar
30/10/2011 - 1:59:02 - 4ª Meia Maratona Cidade de Pomerode
27/11/2011 - 1:58:10 - 5ª Meia Maratona de Blumenau
04/12/2011 - 2:08:19 - Corrida e Caminhada Pela Paz no Trânsito
25/03/2012 - 1:54:02 - Meia Maratona de Florianópolis
13/05/2012 - 1:49:16 - Meia Maratona de Balneário Camboriú

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Corrida Rústica Polícia Militar 177 anos

Tem corrida, eu vou. Sábado teria mais uma. 7 km, só pra treinar como estava o ritmo. As últimas corridas davam esperança de que continuaria evoluindo. A corrida era em homenagem ao Eduardo, que fazia aniversário no dia. Dizem também que era porque a Polícia Militar estava completando 177 anos. A primeira hipótese é mais provável. O percurso seria na total e desconhecida Beira Mar de Florianópolis, onde devo ter corrido 284 das minhas 83 corridas.

Esperava fazer um pace parecido ou melhor que o da Track & Field. Porém, tinha um porém. A largada foi às 16 horas, com um sol indecentemente forte. Correr depois do almoço, com sol e calor não era uma conta que favoreceria um bom resultado. Corrida à tarde ainda dá uma falta de vontade absurda. Mesmo com todos esses contras, iria enfrentá-los e tentar, no mínimo, um pace sub 5:00 min/km. Era o único pace aceitável.

Os primeiros 3,5 km foram tranquilos. Estava descansado e sem o sol na cara. Não foi fácil, mas consegui um ritmo legal. O problema maior foi na volta. Pernas cansadas, sol e mais 3,5 pra vencer. Foi sofrido, passou longe de ser uma corrida fácil. Cansou demais, demais. Uma das piores do ano. Cheguei meio ruim. Não desmaiei e terminei a prova com pace de 4:50 e novo recorde nos 7 km. Com todas as dificuldades, um tempo bem aceitável.

O melhor tempo da minha vida até agora na distância me rendeu apenas a 24ª colocação entre 70 corredores na categoria 25-29 anos. Pessoal corre muito e eu preciso treinar pra ficar um pouco mais rápido. Darei tempo ao tempo pra melhorar o tempo. Os treinos e corridas mostram resultados animadores. Recorde nos 7 e 10 km. O próximo desafio é a Meia Maratona de Balneário Camboriú. Espero que com recorde também.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Track & Field Run Series Florianópolis

O domingo. O dia da corrida. Amanheceu perfeito, tão perfeito que não parecia verdade. Choveu tudo o que tinha que chover à noite. Tempo nublado, sem sol, ideal para correr em percurso plano e ir em busca do tão almejado sub 50. Com essas condições, o recorde também era algo que estava bem ao alcance. Acordei e fui pro Shopping Iguatemi, onde seria a largada. Correr com um objetivo de tempo me deixou bem mais nervoso e ansioso do que o normal.

Sabia que era possível. Os treinos me mostravam que o único obstáculo seria eu mesmo. Então, dessa vez, ia me vencer. Não havia outra saída. Segui o ritual de sempre antes das corridas e me encaminhei até o portal de largada. Não queria perder tempo. Não fiz o alongamento que um profissional puxou e quase não aqueci. Eu queria mesmo era ficar o mais perto possível do portal. O começo foi como planejado. Demorei 3 segundos pra pisar no tapete do chip.

Decidi que, nessa corrida, eu ia atrapalhar os mais rápidos, se fosse o caso, mas não seria atrapalhado pelo pessoal mais devagar. Comecei a correr utilizando meu novo método de não ser tão escravo do relógio. Só olho pro Garmin a cada km, quando ele apita. Corro o intervalo entre esses km's na sensação de esforço, tentando manter o ritmo por conta própria. Faltam alguns ajustes, mas estou me aperfeiçoando para diminuir o nível de escravidão.

Sobre a corrida: deu tudo certo. Nos treinos não tomo água pra correr 10 km. Na corrida também dispensei. Essa distânca já é confortável pra eu correr. O problema era correr mais rápido. Era. Não é mais. Sabia que estava correndo melhor, mas treino é treino. E nos treinos não vou tão no limite. Precisava de uma corrida assim pra me testar. Posso dizer que fui aprovado com louvor no teste. Foi muito melhor do que eu imaginava nos meus sonhos.

De todas as parciais, só 3 foram de 4:50 min/km pra cima. 4:50 (5º km), 4:52 (7º km) e 4:56 (9º km). Todas as outras foram na casa dos quarenta, além de fazer o 1º e o último km a 4:25. No 1º km, a empolgação da largada sempre me faz correr mais. No último, sempre tento correr forte. Se não for a parcial mais rápida, tem que ser uma das melhores. Não achei que estivesse tão inteiro no fim. Estava e nem sabia. Terminei a corrida cansado, óbvio, mas muito bem.

Escrevi, escrevi, escrevi e ainda não falei do meu tempo. Durante a prova, fui calculando em quanto estaria o tempo, de acordo com as parciais. A cada km eu ficava mais animado. Fechei a corrida em 47:19. Um tempo totalmente inimaginável. Não esperava correr desse jeito. Venci o desafio sub 50 da Contra-Relógio com muita folga e bati meu recorde pessoal com sobras (quase dois minutos a menos). Está confirmado. Esse tal de treino funciona mesmo.
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