A última corrida do ano, a 45ª de 2012. Seguindo o modelo do ano passado, viagem a São Paulo e estadia na casa da tia, diminuindo os custos. Dessa vez, fui com o Marcelo, Luana e Rafaella. Fomos de carro, de Floripa até São Paulo. Coisa de 8 horas de viagem. Ou 9 pegando fila. Cansa, mas foi muito bom. Chegamos sábado e domingo fomos pegar o kit. Pouca fila, mas muita gente. Impossível andar na feira. Pareceu pior do que a do ano passado. Coisas demais e nada de interessante. Não me animei para comprar nada.
Segunda-feira, 31 de dezembro, às 8 horas da manhã, já estavámos na Avenida Paulista. Eu e Marcelo iríamos correr. Em ponto, a largada foi dada. Como a largada não é nada organizada e ainda falta muito para poder ser classificada como desorganizada, demorei quase 13 minutos para passar pelo tapete do chip. Este ano, a São Silvestre teve mais de 20 mil concluintes. Percebi logo no começo que não conseguiria fazer um ritmo para melhorar o tempo de 2011. Juro que tentei, mas desisti. Aproveitei pare me divertir e treinar.
Tal como um treino, corri os 15 km sem pegar água ou isotônico. Apenas 4 postos de água. O primeiro depois do 4º km e o último, totalmente sem sentido, depois do km 14. 2 postos de isotônicos em saquinho. Li reclamação a respeito da falta de isotônico no primeiro posto e da água quente em todos os postos (isso quando não faltou água). Era muita gente e pouca mesa de água. Aglomeração enorme. Não valia a pena parar. Como não tomei nada, não tenho reclamações com relação à hidratação, mas os relatos não foram muito positivos.
Na minha segunda participação na São Silvestre, mais treinado, com muitos quilômetros percorridos, ficou mais fácil. Talvez o ritmo mais leve tenha favorecido. A Brigadeiro foi muito mais tranquila do que em 2011. Subida constante sem ser íngreme. Muito legal terminá-la e sair na Avenida Paulista. Aqueles quase 300 metros finais foram bons demais. Único momento em que realmente consegui correr. Tanto me concentrei no final que esqueci de procurar minhas tias, meu tio e a Luana e a Rafaella, que estavam tirando fotos.
Terminei a São Silvestre em 01h33'59''. Podia ser melhor, podia ser pior. Decidi que, com aquele tanto de gente e largada tumultada, tentar fazer um bom tempo não era uma possibilidade a ser considerada. Preferi aproveitar o passeio por uma São Paulo bem calma, com bastante gente na rua, aplaudindo e incentivando. Assim como a Volta da Pampulha, tenho a certeza de que a São Silvestre tem vários pontos a serem melhorados. A largada de manhã e a chegada na Avenida Paulista são os pontos que merecem destaque. A medalha também é muito bonita.
Largada, hidratação, fila na retirada do kit e valor da inscrição foram as principais reclamações. No currículo de um corredor, brasileiro principalmente, a São Silvestre é obrigatória, mas é complicado dizer para alguém correr a São Silvestre atualmente. Ao menos uma vez tem que ir, só não sei se os próximos anos são os ideais. A tendência é aceitarem cada vez mais inscritos e correr no ritmo desejado vai ser impossível. Ou fica horas em pé e parar largar bem na frente ou o jeito é entrar na festa e se divertir. É a sua ÚNICA opção.